É preceito legal que, no Brasil, o censo demográfico deve acontecer de dez em dez anos. Em 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística procedeu a realização do censo. Em 2020, por causa da pandemia, a realização do censo foi transferida para o ano de 2021. Entretanto, o censo de 2021 corre o risco de não acontecer. O orçamento da União, votado no Senado Federal, teve um corte violento na verba destinada ao custeio da realização do censo. A verba votada não dá para realizar o censo nem em um estado da federação.
O censo reúne um conjunto de dados estatísticos dos brasileiros. É uma pesquisa de abrangência nacional. Em 2010 foram 58 milhões de domicílios. Por meio do censo podemos conhecer a situação de vida da população, em cada um dos 5.565 municípios de nosso país. É, de fato, um trabalho enorme, envolvendo mais de 200 mil agentes do IBGE.
O censo do IBGE é a principal fonte de informações sobre a situação de vida da população brasileira. Essas informações são relevantes para a efetivação de políticas públicas no vasto território brasileiro. Além disso, por meio do censo, é possível acompanhar o crescimento, a distribuição geográfica e o desenvolvimento de outros aspectos da população.
O censo norteará os gestores públicos na identificação de áreas de investimentos como saúde, educação, habitação, assistência social, amparo a crianças, adolescentes e idosos.
A pesquisa decenal também auxilia nos repasses de verbas públicas entre os entes federativos. O censo possibilitará resultados que serão usados de parâmetro para definir valores que cabem a cada município. Até mesmo a representação política recebe influência dos números do censo.
Assim, concluímos que a não realização do censo trará prejuízos gigantescos ao futuro de nosso país. Os próximos gestores trabalharão no escuro. Quem trabalha no escuro não sabe o que está fazendo.
Rev. Ailton Gonçalves Dias Filho
Peninha, bom dia
Concordo, pois os dados do Censo refletem sobre o setor público e privado
Grande abraço
José Eduardo de Souza