Cadê o drible?

Bendito seja o drible, que inspirou até música e de quebra faz o mundo rir.

O drible é tão nobre e genial que até a torcida adversária aplaude,

Saudade dos jogadores com apelidos, nomes simples, não precisava ser composto, mesmo porque eram identificados com facilidade, eles eram donos de dribles arrasadores.

Eles entortavam, cortavam, fintavam, faziam firula, e de quebra mandavam o marcador para o ortopedista. Deixavam os adversários sem noção de tempo e espaço.

O dibre, dible, até o drible, nós entendemos esse dialeto. O importante é o totó por entre as pernas e a saída a lá Leão da Montanha, “Rápida pela direita (ou pela esquerda).

O senhor do drible o fazia em progressão, parado, só com a ginga de corpo, enfim, ele ludibriava o marcador, era mágico. Víamos isso no futebol de várzea, no casado contra solteiro, nos times de base, no aspirante e claro, no futebol profissional.

Saudade dessa casta de jogadores que está em extinção. Restam poucos.

Os gritos nas categorias de base são de “toca”, “passa”, “vai perder a bola”, “não faz isso”, e com isso o erro é inevitável. Estão levando o futebol a mesmice.

Toca aqui, lá, vira o jogo, começa de novo, joga na segurança, é uma chatice só, ninguém arrisca, tenta a jogada da sorte grande.

E nós, ficamos estressados esperando pela grande jogada, pelo drible, e nada.

Ah! Que falta faz o jogador que rompe a marcação, o driblador, o cara diferenciado, o que passa pelo adversário sem grande esforço, sem pedir licença, abre a defesa contrária deixando zagueiros órfãos da bola.

Na categoria de base ninguém precisa de título, o que os clubes e treinadores precisam é revelar bons jogadores, e os que driblam valem muito mais.

Dar o rótulo de drible a quem passa correndo pelo adversário é pecado. Ai não é drible, e ultrapassagem. Velocidade é importante, principalmente no futebol atual, mas o drible desconserta, arranca elogios, aplausos e eterniza.

Quem sabe tem a preferência, o driblador vale mais, ganha mais, e por isso tem que ser protegido de técnicos e dirigentes limitados, além de zagueiros sem noção.

O drible em direção ao gol, já que não existem traves nas laterais, é letal, perdoamos até o erro dos que tentam, mas quem sabe tem por obrigação driblar, e quem não sabe ajuda, marca pelo craque, para ele não se cansar.

Que o drible seja resgatado imediatamente. Isso deveria ser uma ordem celestial.

Temos nossa cultura da bola e não podemos ficar à mercê de burocratas que estilizam futebol na prancheta.

Estudar o time adversário, os pontos fortes, definir a estratégia de jogo, tudo isso é permitido, mas a falta do drible leva os times as mesmices, deixa o futebol chato e não arrebata novos torcedores. 

Podemos ser ingênuos, não ter organização e uma pá de coisa, mesmo assim o futebol brasileiro é penta, tem que ser respeitado, além disso é um dos países que mais exportam jogadores para a Europa.

Quem não sabe marca, quem sabe dribla, arrisca e faz história.

O drible não humilha nenhum adversário, apenas enaltece o craque.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

SOBRE

A missão do Olepeninha é publicar informações esportivas sobre Rio Branco Esporte Clube, União Barbarense e XV de Piracicaba, além de levar informações sobre esportes amadores de Americana e Santa Bárbara.

Logo OléPeninha

SOBRE

A missão do Olepeninha é publicar informações esportivas sobre Rio Branco Esporte Clube, União Barbarense e XV de Piracicaba, além de levar informações sobre esportes amadores de Americana e Santa Bárbara.